Foi bom ter trabalhado como encarregado das matrizes na extrusão de produtos
de alumínio, e depois como intérprete em laminadoras no Brasil e no Texas.
Sinto-me em casa em ambiente industrial cercado por ar comprimido, alta
tensão e extremos de temperatura, pois assim aprendi com funcionam e falham
os equipamentos no ambiente industrial. Nas minas também estou em casa
e alavanquei os conhecimentos de geologia, geofísica e mecânica de solos
que adquiri como tradutor de petróleo para melhorar meu domínio de mineração.
Trabalhando como empreiteiro e carpinteiro entre as temporadas na faculdade
foi a receita para compreensão da produção, logística, estimativas, ferramental,
licitações, cronogramas e boas práticas no comércio e na indústria. Foi
inclusive uma educação prática sobre a segurânça, seguros e a importância
de primeiros-socorros. Aquela é a minha mão, e me valeu a experiência.
Clique para ampliar a imagem de um garimpo desenvolvido pelo meu pai, Jim
Phillips, no início da década de 1990. Isso aí é o rendimento de uma manhã
de produção -- uns R$ 400 em ouro brasileiro. Desde aquela época tenho
traduzido boa parcela de toda a legislação sobre mineração -- sobretudo
os regulamentos ambientais e de segurança -- baixada pelo Congresso brasileiro.
Desde prevenção contra poeiras até vibrações de desmonte e qualidade de
água, tenho na ponta dos dedos a forma, o conteúdo e o significado dos
termos e expressões do setor.
Onde mais o tradutor irá achar a terminologia específica
utilizada pelos engenheiros, sindicalistas, fornecedores, transportadoras
e fabricantes? Para o setor de mineração não se acha dicionário
técnico inglês-português em forma de livro. Para não
perder o prazo em grandes processos de licença prévia e relatório
ambiental o tradutor técnico e jurídico deve preparar de
antemão seus glossários setoriais -- e não esperar
até a véspera do esgotamento do prazo. Faço até glossário
falado como preparativo para missões de interpretação.